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31 dezembro 2023

 tempo

Passou o Tempo;

e as folhas giraram.

Rodou o Tempo;

e as folhas caíram.

É a luta, a fúria,

ilusão dum momento;

e as horas seguiram.

E Ele vem, avança,

sempre, sempre

e não se cansa.

É velho já

tudo o que era novo;

e Ele não parará

Passa, arrasta, leva;

e é o som do silêncio;

e é a luz da treva.

E Ele nada sente,

Tudo fica em pó,

E Ele marcha só, 

eternamente.


(Poemas - Mário-Henrique LEIRIA - 1923-1980)




09 janeiro 2018

O "sempreadescer.come" no Corredor Verde de Monsanto!



O “sempreadescer.come” convocava-nos para uma caminhada em Lisboa, no sábado, dia de Reis.

O ponto de encontro seria “no parque de estacionamento em frente da Quinta do Zé Pinto, na Rua de Campolide”.

Os estímulos para a adesão consistiam na própria “passeata” pela nossa Lisboa, cada vez mais atraente; o esperado bom tempo; o destino instrutivo da Casa-Museu Medeiros e Almeida; o almoço neste local, com que se terminaria o encontro.

Apressaram-se (?) as inscrições, já que o almoço só chegaria a quarenta e oito (48) dos caminhantes.

Às 9:30, hora marcada para a partida, “foi feita a chamada”. Estavam quase todos.

Mais minuto, menos minuto, iniciámos a caminhada; agora com entusiasmo redobrado: íamos percorrer uma parte dos corredores verdes existentes em Lisboa: o denominado Corredor Verde de Monsanto ou Corredor Verde de Lisboa.

A expectativa era maior para aqueles que se estreavam neste percurso, que iniciámos, a Norte, pelo Parque Urbano da Quinta José Pinto, e caminhámos em direcção à Ponte Ciclopedonal “Gonçalo Ribeiro Telles" ("Em 2013 a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas, que representa a arquitectura paisagista a nível mundial, atribuiu o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award a Gonçalo Ribeiro Telles. Este prémio representa a maior honra que esta Federação pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradouro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”), que – sobre a Avenida Calouste Gulbenkian – permite a sua travessia a peões e ciclistas.

Até lá, sempre em corredor contínuo, passámos junto a um parque de recreio infantil e juvenil; ao parque hortícola jardins de Campolide, e aos jardins da Amnistia Internacional.

Subimos, depois, em direcção ao bonito edifício da Universidade Nova e ao Palácio da Justiça, para o que ladeámos o inovador edifício do Banco Santander Totta, da autoria do Arquitecto Frederico Valsassina.

“Encabeçava” o grupo um dos organizadores, o sempre ativo, simpático e esclarecedor G., que nos recordava [EH! Pessoal, estamos a fazer o percurso do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles para ligar Monsanto ao Parque Eduardo VII].

Subimos nas traseiras do Palácio da Justiça, e torneámos, pela esquerda, o edifício que primitivamente se destinou aos Tribunais de Polícia e Execução de Penas.

Caminhámos, então, pelo relvado existente entre os Jardins do Palacete Mendonça / Casa Ventura Terra e a imponente fachada traseira do Palácio da Justiça, na parte onde se encontra instalado o Tribunal Cível.

Ao fundo, já perto da Rua Marquês da Fronteira, deparámo-nos com a “A Justiça”, a escultura em bronze, de Leopoldo de Almeida, constituída por dois grandes cavalos e uma figura feminina, sobre uma base de pedra, onde se pode ler uma inscrição do seguinte teor: “PELA CULTURA DO ESPÍRITO / O DOMÍNIO DA FORÇA”.

Prestes a iniciar uma nova travessia ciclopedonal, agora sobre a Rua Marquês da Fronteira, os caminhantes foram, mais uma vez, alertados pelo G.: [vamos agora entrar no Jardim do Alto do Parque, agora Jardim Amália Rodrigues; é mais uma obra do Arquitecto Ribeiro Telles, que a concebeu, e dirigiu a sua execução, definindo a flora que aí se encontra].

E o G. logo sublinhou: [este Jardim, sobre o Parque Eduardo VII, constitui um espectacular miradouro sobre a nossa linda Lisboa].

Atravessámos o Jardim e a Rua Marquês da Fronteira.

No cimo do Parque Eduardo VII, ninguém ficou indiferente à escultura do João Cutileiro, realizada e ali colocada para comemorar os 25 anos do “25 de Abril”.

Continuámos até ao Pavilhão dos Desportos, agora Pavilhão Carlos Lopes, onde pudémos apreciar a execelente qualidade do seu restauro e os importantes painéis de azulejo, que cobrem uma parte significativa das suas fachadas.

Passava já das 12:00h quando chegámos à Casa-Museu Medeiros e Almeida, na Rua Rosa Araújo.

Antes do prometido almoço, visitámos com muito agrado os três pisos da Casa-Museu, tendo-se observado cerca de 2000 peças que o colecionador e proprietário da casa, António de Medeiros e Almeida (1895-1986) reuniu nas 27 salas do Palacete.

A colecção dos leques “e a sua linguagem”, bem como os relógios, muito ricos e originais, despertaram um especial interesse nos caminhantes, agora convertidos em curiosos visitantes.

Seguiu-se o almoço, servido na cafetaria da Casa-Museu, e que decorreu animado e sem reclamações. A sobremesa foi farta, e – em Dia de Reis - não faltaram os respectivos bolos.

Antes da “debandada”, o “chefe” A. P. deu conta das próximas caminhadas, onde sobressai o fim-de-semana em PENACOVA, para saborear o famoso arroz de lampreia.

Não garantimos que só “48” tenham almoçado, mas percorremos 4,8 Km, o que não é nada, se comparado com os 800/900 Km, para fazer numa semana, de Norte a Sul de Portugal, surpresa que o “sempreadescer.come” nos propõe para, ainda, 2018.

EXCELENTE ESCOLHA; EXCELENTE PASSEIO; EXCELENTE VISITA; EXCELENTE ALMOÇO; EXCELENTE CONFRATERNIZAÇÃO!

PARABÉNS aos ORGANIZADORES!

(As fotografias são do signatário)







18 março 2016

O "RETORNO" DO SaD A PENACOVA!





Há semanas que se comentava “nos bastidores das caminhadas" a participação do Sempre a Descer (SaD) no evento “da lampreia em PENACOVA”.

Falava-se do fim de semana 12/13 de Março para a renovação anual do “apetecível” acontecimento.

Dizia-se que os interessados caminhantes fariam bem em iniciar os contactos para a estadia; os mais experimentados nesta “lide” admitiam que os alojamentos disponíveis em PENACOVA e arredores poderiam não ser bastantes para a “multidão” de entusiastas da adesão à actividade de confraternização, que se previa movimentada, lúdica, cultural e gastronómica.

Finalmente, no dia 25 de Fevereiro o SaD, através do A. Paulino, enviou a CONVOCATÓRIA acompanhada do PROGRAMA da “festa”.

Confirmava-se o fim de semana 12/13 de Março para a participação do SaD:

- Nas Cerimónias do XIII Capítulo da CONFRARIA DA LAMPREIA DE PENACOVA;

- Na 5.ª Caminhada da Rota da Lampreia;

- No Colóquio sobre a Reabilitação do Rio Mondego para os peixes migradouros;

- Na apresentação do Livro “CONEXÕES”, do Juiz da Confraria e caminhante, LUÍS AMANTE;

- Na subsequente audição do “Coral Divo Canto de Penacova”;

- Na confraternização das Confrarias (a de PENACOVA e as convidadas) no Mirante Emygdio da Silva, e posterior desfile até ao Terreiro de Penacova, abrilhantado pela FILARMÓNICA DA BOA VONTADE LORVANENSE;

- Na Cerimónia Capitular da Entronização de novos Confrades, no Centro Cultural de Penacova;

- No almoço-degustação do “badalado” arroz de lampreia e dos doces conventuais do mosteiro cistercense do Lorvão.

*
Faz hoje uma semana que alguns, desejosos de aproveitar o solarengo dia, chegaram à região, ao Mondego, à Barragem da Aguieira e a PENACOVA durante a tarde de 11 de Março.

Andaram por Oliveira do Mondego, pela Conchada, e deleitaram-se com a linda vista sobre o Mondego, ali a “seus pés”; foram até à Barragem da Aguieira e à respectiva albufeira; tiveram ainda tempo para fazer um rápido e curto reconhecimento a PENACOVA, a localidade do nosso destino, onde passaríamos um longo, muito longo, mas muito “gostoso” fim de semana, após o que, cerca das 20:00 horas, se dirigiram ao (passe a publicidade), cinquentenário Restaurante Côta, onde jantaram “de uma ementa” tradicional e regional portuguesa, enguias fitas, chanfana à moda de Penacova e churrascada à “Côta”, e “encerraram” com os deliciosos doces conventuais: pastéis de Lorvão e “Nevadas”.

Refira-se que nos sentámos numa das duas mesas reservadas para os “caminheiros” do SaD, provenientes de Lisboa e arredores e que previam chegar a Penacova ainda a tempo de saborear a “rica”, variada e saborosa ementa do “Côta”.

As duas mesas, porém, transformaram-se numa só para cerca de vinte comensais; é que aqueles que provinham do sul não haviam ainda chegado, nem iam chegar (!), iam chegando; à partida éramos quatro; pouco depois, lá chegaram mais três; lá para as 21:00 horas apareceram mais meia dúzia.
Os restantes estavam “atrasados”; alguns só sairiam de Lisboa por volta das 22:00 horas. Mas previdentes, telefonaram a dizer quais eram os seus pratos preferidos…
*
“Madrugámos” no sábado.
Era o dia da “Caminhada”, uma organização conjunta da Confraria, da Câmara Municipal e do SaD.
As inscrições começariam às 9:00 horas na recepção das piscinas municipais.
Recebemos as T-Shirts alusivas ao acontecimento.
Feita a fotografia de grupo para memoria futura, iniciámos o itinerário cerca das 10:00 horas.
Depois de uma subida urbana e admirado o lindo panorama da verde paisagem que se nos deparava, lá descemos por meio de arvoredo em direcção ao vale por onde “serpenteava” o Mondego.
“Palmilhámos” as margens do rio; primeiro para um lado; depois para o outro. Seguimos de Penacova para Rebordosa, e desta para a Carvoeira, onde almoçámos outra vez.
Almoçámos outra vez!?
Sim, uma vez que é “incontornável” assinalar o “lauto pequeno-almoço!?” com que fomos “presenteados”, por volta das 11:30 horas, quando chegámos ao Restaurante Churrascaria (passe, uma vez mais, a publicidade) O Cortiço.
Deparámos com mesa “farta”: era frango assado; eram salgadinhos; eram sandes; eram bolas e bolos; eram outras iguarias. Tudo à discrição, e “regado” igualmente “à vontade do freguês”.
No final, apurámos: cerca de onze quilómetros de marcha.
Acabado o almoço (o da Carvoeira) fomos levados até Penacova de autocarro.
Bem “comidos e bebidos” não aguentaríamos um recomeço da “Caminhada”.

*
Seguiu-se o Colóquio sobre o Percurso dos Açudes do Rio Mondego, e a Reabilitação dos Habitats de Peixes Diádromos na Bacia Hidrográfica do Mondego, que decorreu no Auditório da Biblioteca Municipal, com a presença do Secretário de Estado das Pescas.
No exterior do anfiteatro, o Juiz da Confraria e caminhante do SaD, Luís Pais Amante, não tinha “mãos a medir”, nem descanso…
Esteve cerca de 2:30 horas a dedicar o seu livro “CONEXÕES” que, seguidamente, seria apresentado “COM POMPA E CIRCUNSTÂNCIA”, naquele mesmo auditório, repleto de interessados ouvintes.
Impossível traduzir o “clima” afectuoso, emotivo e elogioso que rodearam o autor e a apresentação do seu livro de poesia.
Impossível descrever aqui fielmente a revelação efectuada sobre todas as qualidades e virtudes do LUÍS PAIS AMANTE, designadamente como excelente pessoa, experimentado e ilustre profissional, poeta talentoso.
A Maria José Vera, o seu editor, a Confreira e Caminheira Isabel Duarte, os seus familiares não foram parcos na apresentação do autor.
Tudo bem merecido, se bem se atentar na poesia apresentada.
O autor não se esqueceu do SaD, e não se zangará se aqui o transcrevermos:

Sempre a Descer.come

Sobe
Desce
Corre
Come

E no intervalo conversa

Liberta-te
Ri
Remoça
Olha pró lado
Balança
Sai da defesa
E vê os outros iguais a ti
Sozinhos
Acompanhados
Solteiros
Viúvos
Casados
Divorciados
Mas amigos

Daqueles que nos apontam os perigos

Caminha a comer
Sobe a descer
Tropeça sem pressa
Mas sorri
Aconchega a liberdade
Afaga o corpo
Goza a amizade a sorver
[E a correr]

Sem fugir daqui


A apresentação de “Conexões” não se encerraria sem a muito aplaudida actuação musical do Coral Divo canto que Luís Amante não esqueceu no seu poema “Penacova” que, nessa parte, com a vénia devida, também transcrevemos:

[…]
E com espanto
Ouve o som melodioso, quase divino, do Divo canto
Que, a cantar, dá corpo à união
E enaltece a emoção

[…]

O Sábado ia longo, mas não terminaria sem um jantar volante que “a todos reuniu”.
*
Domingo, 13
Nova “madrugada”.
O SaD tinha de estar “a tempo e horas” no Mirante Emygdio da Silva, excelente miradouro das belezas paisagísticas de Penacova, local onde a Confraria da Lampreia de Penacova iria receber as Confrarias convidadas para estarem presentes no XIII Capítulo daquela Confraria.
Nova surpresa!
Um novo pequeno-almoço?
Um antecipado almoço?
Outra vez: mesas “fartas”: peixinhos do rio; salgadinhos; queijinhos; doçaria…
Tudo bem regado, nomeadamente com espumante…

Confraternização cordial entre as Confrarias; iam chegando, umas atrás de outras; com os seus estandartes: entre outras, as das Couves de Castelo Viegas; da Associação das Confrarias da Rota de Cister; Das Almas Santas da Areosa e do Leitão; da Raça Arouquesa; da Região de Lafões; dos Rojões da Bairrada; dos Sabores da Fava.

Mais fotografias para a posteridade…
Depois, desfile atrás da Filarmónica Boa Vontade Lorvanense a caminho do Terreiro de Penacova.
A população, nas varandas engalanadas com colchas, aplaudia e lançava confettis coloridos.
Muita animação; muito colorido; muita alegria!
No centro da Vila, onde decorria o Mercado dos Sabores, mais fotos.


As Confrarias encaminharam-se, então, para a Cerimónia Capitular no Centro Cultural de Penacova.

Aqui foram entronizados dois novos confrades.

Entretanto, a maioria dos do SaD (anote-se que éramos vinte e nove (29), deu (deram) um “salto” ao Lorvão, esperançados numa visita ao Mosteiro.
Não foi possível…
Encontrava-se em curso a celebração de uma missa…
“Desforraram-se” na pastelaria fronteira ao Mosteiro…
Cafezinhos e doces conventuais…
Foi uma “razia”…
*
Aproximavam-se as 15:00 horas.
Chegava o momento “decisivo” do fim-de-semana em PENACOVA: o almoço do arroz de LAMPREIA.
Encheu-se o enorme salão do MOCIDADE FUTEBOL CLUBE.
Muito entusiasmo!
O arroz de LAMPREIA, e os pratos alternativos, foram servidos pelo (passe outra vez a publicidade) Restaurante Nacional.
Não faltou arroz de LAMPREIA; quem quis, comeu e repetiu.
ESTAVA UM AUTÊNTICO “MANJAR DOS DEUSES”.

Por fim, a sobremesa: muita fruta e uma infindável variedade de doçaria conventual da região.
Só não saboreou, quem não quis!
*
Finalmente, a CONFRARIA DA LAMPREIA DE PENACOVA presenteou as restantes CONFRARIAS presentes com DOÇARIA CONVENTUAL.
O SaD também foi chamado para aceitar idêntico presente.
Ausente o A. PAULINO com muita pena de todos os presentes, foi chamado um dos organizadores das Caminhadas do SaD, o J. A. que, sem falsa modéstia, não conseguiu escusar-se a tão “penoso” (mas doce) encargo.
*
Temos de terminar!
É que esta presumida crónica vai longa e atrasada (apesar da tempestiva colaboração do J. A.).
Antes, porém, renovamos os agradecimentos ao SaD, ao A. PAULINO, aos restantes fundadores; aos outros organizadores, por este LONGO, MUITO INTERESSANTE E SABOROSO fim-de-semana.



(As fotos foram tomadas pelo signatário)

09 fevereiro 2016

A NOSSA CAMINHADA POR “TERRAS SALOIAS”!









Foi no passado sábado, 23 de janeiro de 2016 que decorreu a primeira “caminhada” deste ano.

O “SempreaDescer.come” convocou… para um regresso a MAFRA, “para um passeio original até CHELEIROS, especialmente desenhado para o grupo”.

Entre 25 a 30 “magníficos caminhantes” responderam:

- PRESENTE!

Os interessados foram logo “advertidos” que [havia algumas dificuldades:

- Tratava-se de um passeio em linha, pelo que havia hora marcada para a volta;

- Era um passeio muito sinuoso com várias subidas e descidas e nem sempre em terreno amigável].

A partida [seria impreterivelmente às 9:30, com quem estivesse].

Os organizadores, receosos que alguns (algumas) dos(as) caminhantes chegassem a CHELEIROS com os “bofes na boca”, em situação de incapacidade física para regressarem a MAFRA e ao apetecido almoço, providenciaram no sentido de três “bólides” se deslocarem previamente ao destino da caminhada e por lá, dois deles, ficarem estacionados.

Em caso de imperiosa necessidade, constituiriam essas viaturas o transporte dos “aflitos”.

Sim, por que chegar e sair de CHELEIROS – povoação situada num pronunciado vale, [ali perto de MAFRA, umas duas léguas…com apertadas curvas, aqueles declives espantosos, aquelas empinadas encostas que caíam quase a pique sobre a estrada] (in Memorial do Convento, José Saramago), não iria ser “pêra doce” para os caminhantes, como não havia sido para as [duzentas juntas de bois necessárias para levar de Pêro Pinheiro uma pedra muito grande que lá estava, destinada à varanda que ficaria sobre o pórtico da igreja, então em construção no, também em construção Convento de Mafra] (obra e escritor citados).

Ultimados os preparativos, partiram os caminhantes de MAFRA em direção ao sul.

Inicialmente o “tempo” fez umas “caretas”, mas logo “abriu” o sol.

“Trilharam” os caminhantes veredas sinuosas e “encharcadas”, por entre paisagens bonitas, avistando-se ali bem pertinho lírios, orquídeas, jacintos e pequenos malmequeres, que muitos fotografaram para a posteridade.

De repente, à nossa frente, uma passagem em túnel enlameado sob a auto-estrada.

Foram precisos prodígios de equilíbrio para não nos “estatelarmos”.

Imediatamente antes o J. G. já tinha alertado para a especial dificuldade daquele troço.

Apesar do “equilibrismo” e dos avisos alguma(s) caminhante(s) não lograram evitar uns “bate-cus”.

De pés enlameados lá chegámos à estrada; ainda faltavam cerca de quatro quilómetros.

Paisagens saloias, bem lindas.

À nossa esquerda, as paisagens em “mosaico”, caraterizadas por quarteirões de terrenos agrícolas, alternando com zonas florestadas; terreno mais acidentado; alguns moinhos eólicos.

À nossa direita, paisagens silvestres bem verdes, “salpicadas” de lindas e amarelas azedas; ao longe, muito ao longe: o Atlântico.

Passámos ao lado de um SANTUÁRIO onde era proibida a caça! Caçar sempre seria um “pecado mortal”!

Finalmente, CHELEIROS e a sua Ribeira.

À nossa esquerda (ou direita) a ponte medieval.

À nossa direita (ou esquerda) um estranho talude(?) inserido na Ribeira, constituído por grandes manilhas!...

Tínhamos chegado.

Antes do regresso a MAFRA, um cafezinho; uma garrafinha de água; uma cervejinha; outras necessidades.

Um ligeiro descanso.

Afinal os carros não foram necessários.

Os caminhantes estavam todos de boa saúde; o que queriam era chegar ao restaurante “Três Irmãos” para se banquetearem com as pataniscas.

20 fabulosos almoçantes”.

O signatário, que nesta sumária “crónica” contou com a colaboração do J. A. não almoçou, mas sabe que os caminhantes revelaram bem o seu bom apetite.

PARABÉNS, PARABÉNS ao PAULINO e aos ORGANIZADORES por mais esta caminhada que nos proporcionaram.



(fotos do signatário)

27 novembro 2015

A CAMINHADA PELO “PARQUE NATURAL SINTRA CASCAIS”!





Sábado, 21 de Novembro de 2015

Éramos MUITOS!

Estávamos a aderir ao convite do SaD – SempreaDescer.com.

O local de encontro foi junto à Capela redonda de Janas; às 9h30 horas.

O objectivo era concretizar uma caminhada de +/- 10 Km na região do importante Parque Natural Sintra Cascais (PNSC).

Íamos, também, por causa do “manjar dos deuses”, isto é, almoçar o Cozido à Portuguesa, e outras inesperadas(?) surpresas.

Prometia-se bom tempo; nada de chuva.

Todavia, os primeiros a “aportar” foram recebidos por chuva e vento.

Mas, foi mal que pouco durou.

Começamos a caminhar; fomos levados, designadamente, até ao Magoito e às Azenhas do Mar; até lá passeámos junto às ravinas e arribas pendentes sobre o Atlântico.

O sol já havia aparecido, bem bonito.

Fomos todos admirando com grande prazer as vistas e as paisagens.

Esquecemo-nos dos “Kms” que iam ficando para trás.

Miradouro nas Azenhas do Mar sobre as velhas e deterioradas piscinas, com uma excelente explicação de uma Exma. caminhante sobre as vicissitudes da origem e construção daquele “balcão”, também sobre o Atlântico.

Nas Azenhas do Mar fomos beber um cafezinho e tratar de outras necessidades…

Iniciámos o regresso.

Já não havia tanto para ver … e, alguns começaram a ficar cansados … e na conversa.

Foram-se atrasando.

O J. G. estava à espera destes (onde o signatário se incluía), e vai de nos “puxar as orelhas”: [a partir deste local não há guias; vejam lá se se perdem; está dito] (atenção aos parênteses rectos).

Não atentou o J.G. que estávamos bem acompanhados; ainda atrás de nós vinha o “carro vassoura” conduzido pelo J.A.

Foi então que alguém se lembrou de falar no almoço!

Vai daí, começou a “correria”; ninguém queria ficar sem COZIDO À PORTUGUESA.

Foi um instante enquanto os caminhantes chegaram aos seus “bólides” e se encaminharam para o famoso restaurante, denominado – passe a publicidade – “Restaurante o Zé”.

Neste restaurante foi uma festa.

O pessoal estava mesmo esfomeado e muito barulhento.

Tenho de terminar esta crónica; é que já vai longa e atrasada.

O melhor da FESTA / CAMINHADA veio mesmo no fim.

Um bonito e excelente BOLO, trazido pelo L.M., para todos cantarmos os PARABÉNS pelos DEZ (10) anos do SaD – SempreaDescer.com.


O ANTÓNIO PAULINO – a “alma” disto tudo, discursou (resumindo a AVENTURA – JÁ LONGA, DO SaD), não sem que antes o pessoal fosse chamado “à pedra”, no sentido de se “calar”.

Excelente escolha para a caminhada; excelente preparação, exploração e investigação; bom restaurante; bom repasto.

VIVAM TODOS, EM ESPECIAL O DIRECTOR A.P. , OS FUNDADORES DO SaD E OS RESTANTES ORGANIZADORES DO NOSSO MAGNIFÍCO PASSEIO À BEIRA DO ATLÂNTICO!!!



P.S.(não nos referimos ao novo governo) Os MUITOS, RETROREFERIDOS, ERAM MESMO MUITOS: MAIS DE OITENTA (80), DE QUE SETENTA E SETE (77) ALMOÇARAM!



(imagem: FOTOS DO SUBSCRITOR)