O ponto de encontro seria “no parque
de estacionamento em frente da Quinta do Zé Pinto, na Rua de
Campolide”.
Os estímulos para a adesão consistiam
na própria “passeata” pela nossa Lisboa, cada vez mais atraente;
o esperado bom tempo; o destino instrutivo da Casa-Museu Medeiros e
Almeida; o almoço neste local, com que se terminaria o encontro.
Apressaram-se (?) as inscrições, já
que o almoço só chegaria a quarenta e oito (48) dos caminhantes.
Às 9:30, hora marcada para a partida,
“foi feita a chamada”. Estavam quase todos.
Mais minuto, menos minuto, iniciámos a
caminhada; agora com entusiasmo redobrado: íamos percorrer uma parte
dos corredores verdes existentes em Lisboa: o denominado Corredor
Verde de Monsanto ou Corredor Verde de Lisboa.
A expectativa era maior para aqueles
que se estreavam neste percurso, que iniciámos, a Norte, pelo Parque
Urbano da Quinta José Pinto, e caminhámos em direcção à Ponte
Ciclopedonal “Gonçalo Ribeiro Telles" ("Em 2013 a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas, que representa a arquitectura paisagista a nível mundial, atribuiu o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award a Gonçalo Ribeiro Telles. Este prémio representa a maior honra que esta Federação pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradouro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”), que – sobre a Avenida
Calouste Gulbenkian – permite a sua travessia a peões e ciclistas.
Até lá, sempre em corredor contínuo,
passámos junto a um parque de recreio infantil e juvenil; ao parque
hortícola jardins de Campolide, e aos jardins da Amnistia
Internacional.
Subimos, depois, em direcção ao
bonito edifício da Universidade Nova e ao Palácio da Justiça, para
o que ladeámos o inovador edifício do Banco Santander Totta, da
autoria do Arquitecto Frederico Valsassina.
“Encabeçava” o grupo um dos
organizadores, o sempre ativo, simpático e esclarecedor G., que nos
recordava [EH! Pessoal, estamos a fazer o percurso do arquiteto
Gonçalo Ribeiro Telles para ligar Monsanto ao Parque Eduardo VII].
Subimos nas traseiras do Palácio da
Justiça, e torneámos, pela esquerda, o edifício que
primitivamente se destinou aos Tribunais de Polícia e Execução de
Penas.
Caminhámos, então, pelo relvado
existente entre os Jardins do Palacete Mendonça / Casa Ventura Terra
e a imponente fachada traseira do Palácio da Justiça, na parte onde
se encontra instalado o Tribunal Cível.
Ao fundo, já perto da Rua Marquês da
Fronteira, deparámo-nos com a “A Justiça”, a escultura em
bronze, de Leopoldo de Almeida, constituída por dois grandes cavalos
e uma figura feminina, sobre uma base de pedra, onde se pode ler uma
inscrição do seguinte teor: “PELA CULTURA DO ESPÍRITO / O
DOMÍNIO DA FORÇA”.
Prestes a iniciar uma nova travessia
ciclopedonal, agora sobre a Rua Marquês da Fronteira, os caminhantes
foram, mais uma vez, alertados pelo G.: [vamos agora entrar no Jardim
do Alto do Parque, agora Jardim Amália Rodrigues; é mais uma obra
do Arquitecto Ribeiro Telles, que a concebeu, e dirigiu a sua
execução, definindo a flora que aí se encontra].
E o G. logo sublinhou: [este Jardim,
sobre o Parque Eduardo VII, constitui um espectacular miradouro sobre
a nossa linda Lisboa].
Atravessámos o Jardim e a Rua Marquês
da Fronteira.
No cimo do Parque Eduardo VII, ninguém
ficou indiferente à escultura do João Cutileiro, realizada e ali
colocada para comemorar os 25 anos do “25 de Abril”.
Continuámos até ao Pavilhão dos
Desportos, agora Pavilhão Carlos Lopes, onde pudémos apreciar a
execelente qualidade do seu restauro e os importantes painéis de
azulejo, que cobrem uma parte significativa das suas fachadas.
Passava já das 12:00h quando chegámos
à Casa-Museu Medeiros e Almeida, na Rua Rosa Araújo.
Antes do prometido almoço, visitámos
com muito agrado os três pisos da Casa-Museu, tendo-se observado
cerca de 2000 peças que o colecionador e proprietário da casa,
António de Medeiros e Almeida (1895-1986) reuniu nas 27 salas do
Palacete.
A colecção dos leques “e a sua
linguagem”, bem como os relógios, muito ricos e originais,
despertaram um especial interesse nos caminhantes, agora convertidos
em curiosos visitantes.
Seguiu-se o almoço, servido na
cafetaria da Casa-Museu, e que decorreu animado e sem reclamações.
A sobremesa foi farta, e – em Dia de Reis - não faltaram os
respectivos bolos.
Antes da “debandada”, o “chefe”
A. P. deu conta das próximas caminhadas, onde sobressai o
fim-de-semana em PENACOVA, para saborear o famoso arroz de lampreia.
Não garantimos que só “48” tenham
almoçado, mas percorremos 4,8 Km, o que não é nada, se comparado
com os 800/900 Km, para fazer numa semana, de Norte a Sul de
Portugal, surpresa que o “sempreadescer.come” nos propõe para,
ainda, 2018.
EXCELENTE ESCOLHA; EXCELENTE PASSEIO; EXCELENTE VISITA;
EXCELENTE ALMOÇO; EXCELENTE CONFRATERNIZAÇÃO!
PARABÉNS aos ORGANIZADORES!
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- (As fotografias são do signatário)
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