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09 janeiro 2018

O "sempreadescer.come" no Corredor Verde de Monsanto!



O “sempreadescer.come” convocava-nos para uma caminhada em Lisboa, no sábado, dia de Reis.

O ponto de encontro seria “no parque de estacionamento em frente da Quinta do Zé Pinto, na Rua de Campolide”.

Os estímulos para a adesão consistiam na própria “passeata” pela nossa Lisboa, cada vez mais atraente; o esperado bom tempo; o destino instrutivo da Casa-Museu Medeiros e Almeida; o almoço neste local, com que se terminaria o encontro.

Apressaram-se (?) as inscrições, já que o almoço só chegaria a quarenta e oito (48) dos caminhantes.

Às 9:30, hora marcada para a partida, “foi feita a chamada”. Estavam quase todos.

Mais minuto, menos minuto, iniciámos a caminhada; agora com entusiasmo redobrado: íamos percorrer uma parte dos corredores verdes existentes em Lisboa: o denominado Corredor Verde de Monsanto ou Corredor Verde de Lisboa.

A expectativa era maior para aqueles que se estreavam neste percurso, que iniciámos, a Norte, pelo Parque Urbano da Quinta José Pinto, e caminhámos em direcção à Ponte Ciclopedonal “Gonçalo Ribeiro Telles" ("Em 2013 a Federação Internacional dos Arquitectos Paisagistas, que representa a arquitectura paisagista a nível mundial, atribuiu o IFLA Sir Geoffrey Jellicoe Award a Gonçalo Ribeiro Telles. Este prémio representa a maior honra que esta Federação pode conceder e reconhece um arquitecto paisagista, cuja obra e contribuições ao longo da vida tenham tido um impacto incomparável e duradouro no bem-estar da sociedade e do ambiente e na promoção da profissão”), que – sobre a Avenida Calouste Gulbenkian – permite a sua travessia a peões e ciclistas.

Até lá, sempre em corredor contínuo, passámos junto a um parque de recreio infantil e juvenil; ao parque hortícola jardins de Campolide, e aos jardins da Amnistia Internacional.

Subimos, depois, em direcção ao bonito edifício da Universidade Nova e ao Palácio da Justiça, para o que ladeámos o inovador edifício do Banco Santander Totta, da autoria do Arquitecto Frederico Valsassina.

“Encabeçava” o grupo um dos organizadores, o sempre ativo, simpático e esclarecedor G., que nos recordava [EH! Pessoal, estamos a fazer o percurso do arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles para ligar Monsanto ao Parque Eduardo VII].

Subimos nas traseiras do Palácio da Justiça, e torneámos, pela esquerda, o edifício que primitivamente se destinou aos Tribunais de Polícia e Execução de Penas.

Caminhámos, então, pelo relvado existente entre os Jardins do Palacete Mendonça / Casa Ventura Terra e a imponente fachada traseira do Palácio da Justiça, na parte onde se encontra instalado o Tribunal Cível.

Ao fundo, já perto da Rua Marquês da Fronteira, deparámo-nos com a “A Justiça”, a escultura em bronze, de Leopoldo de Almeida, constituída por dois grandes cavalos e uma figura feminina, sobre uma base de pedra, onde se pode ler uma inscrição do seguinte teor: “PELA CULTURA DO ESPÍRITO / O DOMÍNIO DA FORÇA”.

Prestes a iniciar uma nova travessia ciclopedonal, agora sobre a Rua Marquês da Fronteira, os caminhantes foram, mais uma vez, alertados pelo G.: [vamos agora entrar no Jardim do Alto do Parque, agora Jardim Amália Rodrigues; é mais uma obra do Arquitecto Ribeiro Telles, que a concebeu, e dirigiu a sua execução, definindo a flora que aí se encontra].

E o G. logo sublinhou: [este Jardim, sobre o Parque Eduardo VII, constitui um espectacular miradouro sobre a nossa linda Lisboa].

Atravessámos o Jardim e a Rua Marquês da Fronteira.

No cimo do Parque Eduardo VII, ninguém ficou indiferente à escultura do João Cutileiro, realizada e ali colocada para comemorar os 25 anos do “25 de Abril”.

Continuámos até ao Pavilhão dos Desportos, agora Pavilhão Carlos Lopes, onde pudémos apreciar a execelente qualidade do seu restauro e os importantes painéis de azulejo, que cobrem uma parte significativa das suas fachadas.

Passava já das 12:00h quando chegámos à Casa-Museu Medeiros e Almeida, na Rua Rosa Araújo.

Antes do prometido almoço, visitámos com muito agrado os três pisos da Casa-Museu, tendo-se observado cerca de 2000 peças que o colecionador e proprietário da casa, António de Medeiros e Almeida (1895-1986) reuniu nas 27 salas do Palacete.

A colecção dos leques “e a sua linguagem”, bem como os relógios, muito ricos e originais, despertaram um especial interesse nos caminhantes, agora convertidos em curiosos visitantes.

Seguiu-se o almoço, servido na cafetaria da Casa-Museu, e que decorreu animado e sem reclamações. A sobremesa foi farta, e – em Dia de Reis - não faltaram os respectivos bolos.

Antes da “debandada”, o “chefe” A. P. deu conta das próximas caminhadas, onde sobressai o fim-de-semana em PENACOVA, para saborear o famoso arroz de lampreia.

Não garantimos que só “48” tenham almoçado, mas percorremos 4,8 Km, o que não é nada, se comparado com os 800/900 Km, para fazer numa semana, de Norte a Sul de Portugal, surpresa que o “sempreadescer.come” nos propõe para, ainda, 2018.

EXCELENTE ESCOLHA; EXCELENTE PASSEIO; EXCELENTE VISITA; EXCELENTE ALMOÇO; EXCELENTE CONFRATERNIZAÇÃO!

PARABÉNS aos ORGANIZADORES!

(As fotografias são do signatário)







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