Weather

18 janeiro 2024

HOJE NA GULBENKIAN: STRAVINSKY, RAVEL E FAURÉ!

 

Hoje, na Gulbenkian (Grande Auditório), será apresentada PÉTROUCHKA (versão de 1947) - a obra de IGOR STRAVINSKY para piano e orquestra -, a que se seguirá, do mesmo compositor, SCHERZO À LA RUSSE.


Ouvir-se-á também o Concerto para Piano, com a mão esquerda, em Ré maior, de MAURICE RAVEL, e Suite Pelléas et Mélisande, op. 80, de GABRIEL FAURÉ.


A ORQUESTRA GULBENKIAN será dirigida pelo maestro americano, estreante na Gulbenkian, ROBERT TREVIÑO, e atuará o pianista belga DENIS KOZHUKHIN.


O espetáculo de hoje será renovado amanhã com transmissão direta na Antena 2.


05 janeiro 2024

 

CONCERTO DE ANO NOVO NA GULBENKIAN


Hoje, no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, pelas 19:00 horas, o maestro francês FRÉDÉRIC CHASLIN vai dirigir a Orquestra Gulbenkian no Concerto de Ano Novo, com intervenção do tenor, natural do Chile, JONATHAN TETELMAN.


Neste Concerto serão interpretadas as obras:


  • Valsa do Imperador, op. 437, de JOHANN STRAUSS II;

  • Rigoletto: ”Questa o quella”, Macbeth: “O figli, o figli miei!...Ah, la paterna mano”, de GIUSEPPI VERDI;

  • Cavalleria Rusticana: Intermezzo Sinfonico, de PRIETO MASCAGNI;

  • Abertura da ópera Carmen, de GEORGES BIZET;

  • L’elisir d'amore: “Una furtiva lagrima”, de GAETANO DONIZETTI;

  • Tratsch-Polka, op. 214, de JOHANN STRAUSS II;

  • Fedora: “Amor ti vieta”; de UMBERTO GIORDANO;

  • La Gioconda: Danse des heures, de AMILCARE PONCHIELLI;

  • Manon Lescaut: “Donna non vidi mai” Tosca: “Scrivete… E lucevan le stelle”, de GIACOMO PUCCINI;

  • II Pizzicato Polka Abertura da opereta O Barão Cigano, de JOHANN STRAUSS II;

  • La tabernera del puerto: “No puede ser” , de PABLO SOROZÁBAL;

  • No Belo Danúbio Azul, op. 314, de JOHANN STRAUSS II


O Concerto de hoje, que renova o que se realizou ontem, será transmitido pela Antena II.

02 janeiro 2024

 O POPULISMO INOCENTARIA ANTÓNIO COSTA!


A INTERCAMPUS fez para o Correio da Manhã/CMTV uma sondagem sobre a situação do Primeiro-ministro António Costa na denominada Operação Influencer, onde – a crer no que se escreve naquele jornal - se afirma que [a maioria1 dos portugueses, não leva muito a sério as suspeitas sobre o primeiro-ministro; que 70,7% dos inquiridos acreditam que será ilibado, e não será acusado].

Esta sondagem foi, depois, referida por outros órgãos de comunicação social, sem crítica ou apreciação e não se estranharia que nos canais de TV viesse a ser objeto de consideração ou comentário.

Surpreende a finalidade desta sondagem, sabendo-se, como se sabe, que nos Estados de Direito Democrático, a administração da justiça criminal não se realiza em julgamento popular, e cabe exclusivamente aos Tribunais, que a exercem em nome do povo (cf. nº1, do artigo 202.º da Constituição da República Portuguesa).

É verdade que o povo pode intervir nalguns julgamentos de natureza criminal através dos seus representantes, mas para tanto estes têm de ser reconhecidos como jurados, em tribunal do júri (cf. Decreto-Lei n.º 387-A/87, de 29 de dezembro).

Por outro lado, a competência para exercer a ação penal pertence ao Ministério Público (cf. artigo 2.º da Lei nº 68/2019, de 27 de agosto), que deduz acusação quando “tiverem sido recolhidos indícios suficientes de se ter verificado crime e de quem foi o seu agente” (cf. nº 1 do artigo 283.º do Código de Processo Penal).

Ora, como nada se sabe do inquérito que se encontra pendente nos serviços do Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça, não se vislumbra fundamento mínimo para as respostas que consubstanciam a Sondagem, absolutamente impertinente, constituindo as mesmas meros palpites sem qualquer seriedade, induzidas por comentadores, que dissertam sobre tudo e nada, por razões diletantes e de mera especulação académica, política ou partidária.

Este tipo de sondagens só podem reforçar o POPULISMO de que tantos se dizem adversários.
















1 A INTERCAMPUS esclareceu que foram entrevistadas 661 pessoas.

01 janeiro 2024

No ciclo eterno das mudáveis coisas


No ciclo eterno das mudáveis coisas

Novo inverno após novo outono volve

À diferente terra

Com a mesma maneira.

Porém a mim nem me acha diferente

Nem diferente deixa-me, fechado

Na clausura maligna

Da índole indecisa.

Presa da pálida fatalidade

De não mudar-me, me infiel renovo

Aos propósitos mudos

Morituros e infindos.


(in Odes, RICARDO REIS - 24/11/1925)

31 dezembro 2023

 tempo

Passou o Tempo;

e as folhas giraram.

Rodou o Tempo;

e as folhas caíram.

É a luta, a fúria,

ilusão dum momento;

e as horas seguiram.

E Ele vem, avança,

sempre, sempre

e não se cansa.

É velho já

tudo o que era novo;

e Ele não parará

Passa, arrasta, leva;

e é o som do silêncio;

e é a luz da treva.

E Ele nada sente,

Tudo fica em pó,

E Ele marcha só, 

eternamente.


(Poemas - Mário-Henrique LEIRIA - 1923-1980)




12 janeiro 2023

"Star Wars: O Regresso de Jedi" - Hoje na Gulbenkian

Realiza-se hoje, às 20:00, no Grande Auditório da FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, integrado no Ciclo Orquestra Gulbenkian, o concerto "Stars Wars: O Regresso de Jedi".

(imagem de Wikipedia Commons)


Este programa musical é renovado na sexta-feira e no sábado, em idênticas circunstâncias de tempo e local.

A Orquestra vai interpretar a banda sonora do filme STAR WARS, na parte relativa ao episódio VI - O Regresso de Jedi, e à correspondente MARCHA IMPERIAL, segundo criação de John Williams, como melhor se resume na divulgação da obra pela Gulbenkian, a saber: 

Terceiro capítulo da muito popular interpretação ao vivo pela Orquestra Gulbenkian da banda sonora da saga Star Wars. Tendo-se inspirado em motivos de música clássica e barroca, John Williams criou uma série de temas associados às personagens principais, mas no episódio VI, O Regresso de Jedi, explorou as novas nuances emocionais do filme transformando a emblemática Marcha Imperial que acompanha Darth Vader numa composição mais densa e complexa, em sintonia com o destino da principal figura do lado negro da Força. Um imperdível espetáculo no encerramento da trilogia original.


26 dezembro 2022

MEGA FERREIRA DEIXOU-NOS!


Faleceu hoje o notável escritor, poeta, ensaísta, cronista, jornalista, investigador, dirigente e organizador cultural ANTÓNIO MEGA FERREIRA.

Tinha apenas 73 anos, e muito se esperava do seu enorme talento e distinto nível cultural.

Atrevemo-nos a dizer que o seu saber e inteligência, iniciativa, personalidade modesta, simpática, cordial, afável e inesgotável capacidade de trabalho eram disputadas pelas entidades públicas ou privadas que se dedicam à prestação cultural em várias áreas.

É, assim, compreensível que tenha tido um papel essencial na "edificação" da EXPO 98, na gestão da PARQUE-EXPO; na Direção do Centro Cultural de Belém; na direção da METROPOLITANA de Lisboa; no Conselho de Curadores da FUNDAÇÃO SARAMAGO; no Conselho Editorial da Imprensa Nacional-Casa da Moeda; na Direção Literária da Coleção Itálica; na Fundação das Revistas LER e OCEANOS. Foi Chefe de Redação no Jornal de Letras (JL). 

À data da sua morte, em conformidade com a WIKIPÉDIA foi autor dos seguintes livros: 

  • Graça Morais: linhas da terra (1985)

  • O heliventilador de Resende (1985)

  • As palavras difíceis (1991)

  • Os princípios do fim: poemas 1972-1992 (1992)

  • Os nomes da Europa (1994)

  • A borboleta de Nabokov (2000)

  • A expressão dos afectos (2001)

  • Amor: novela (2002)

  • As caixas chinesas (2002)

  • Retratos de sombra (2003)

  • O que há-de voltar a passar: narrativa (2003)

  • Roma: exercícios de reconhecimento (2003)

  • Fotobiografia Teixeira de Pascoaes (2003)

  • Uma caligrafia de prazeres (2003)

  • Amor (2004)

  • Fazer pela vida: um retrato de Fernando Pessoa, o empreendedor (2005)

  • Graça Morais: os olhos azuis do mar (2005)

  • Abel Salazar: o desenhador compulsivo (2006)

  • Por D. Quixote : o literato, o justiceiro e o amoroso (2006)

  • A blusa romena: romance (2008)

  • Lisboa song (2009)

  • Roma (2010)

  • Papéis de jornal: crónicas (2011)

  • Macedo: uma biografia da infâmia (2011)

  • Cartas de Casanova: Lisboa 1757 (2013)

  • O essencial sobre Marcel Proust (2013)

  • O essencial sobre Albert Camus (2013)

  • Viagem à literatura europeia (2014)

  • Vidas instáveis (2014)

  • Viagens pela ficção hispano-americana (2015)

  • O essencial sobre Dom Quixote (2016)

  • Itália - Práticas de viagem (2017)

Esta relação peca por defeito já que lhe são conhecidos mais de 40 livros. 

A qualidade da sua obra mereceu a atribuição de vários prémios, nomeadamente ROMA-ITÁLIA; LITERATURA DE VIAGENS DE MARIA ONDINA BRAGA (2022), com referência às suas CRÓNICAS ITALIANAS, publicadas em 2021 pela Editora Sextante, e uma condecoração presidencial.

A distinta avaliação da sua prestação em várias áreas da vida nacional e da modernização de Lisboa é quase unânime.

MEGA FERREIRA é também dos nossos escritores preferidos.


    (Digitalização da capa de um dos nossos livros de Mega Ferreira)