Tal como o título indica aqui escreve-se sobre tudo e mais alguma coisa... :P
09 fevereiro 2016
A NOSSA CAMINHADA POR “TERRAS SALOIAS”!
Foi no passado sábado, 23 de janeiro de 2016 que decorreu a primeira “caminhada” deste ano.
O “SempreaDescer.come” convocou… para um regresso a MAFRA, “para um passeio original até CHELEIROS, especialmente desenhado para o grupo”.
Entre 25 a 30 “magníficos caminhantes” responderam:
- PRESENTE!
Os interessados foram logo “advertidos” que [havia algumas dificuldades:
- Tratava-se de um passeio em linha, pelo que havia hora marcada para a volta;
- Era um passeio muito sinuoso com várias subidas e descidas e nem sempre em terreno amigável].
A partida [seria impreterivelmente às 9:30, com quem estivesse].
Os organizadores, receosos que alguns (algumas) dos(as) caminhantes chegassem a CHELEIROS com os “bofes na boca”, em situação de incapacidade física para regressarem a MAFRA e ao apetecido almoço, providenciaram no sentido de três “bólides” se deslocarem previamente ao destino da caminhada e por lá, dois deles, ficarem estacionados.
Em caso de imperiosa necessidade, constituiriam essas viaturas o transporte dos “aflitos”.
Sim, por que chegar e sair de CHELEIROS – povoação situada num pronunciado vale, [ali perto de MAFRA, umas duas léguas…com apertadas curvas, aqueles declives espantosos, aquelas empinadas encostas que caíam quase a pique sobre a estrada] (in Memorial do Convento, José Saramago), não iria ser “pêra doce” para os caminhantes, como não havia sido para as [duzentas juntas de bois necessárias para levar de Pêro Pinheiro uma pedra muito grande que lá estava, destinada à varanda que ficaria sobre o pórtico da igreja, então em construção no, também em construção Convento de Mafra] (obra e escritor citados).
Ultimados os preparativos, partiram os caminhantes de MAFRA em direção ao sul.
Inicialmente o “tempo” fez umas “caretas”, mas logo “abriu” o sol.
“Trilharam” os caminhantes veredas sinuosas e “encharcadas”, por entre paisagens bonitas, avistando-se ali bem pertinho lírios, orquídeas, jacintos e pequenos malmequeres, que muitos fotografaram para a posteridade.
De repente, à nossa frente, uma passagem em túnel enlameado sob a auto-estrada.
Foram precisos prodígios de equilíbrio para não nos “estatelarmos”.
Imediatamente antes o J. G. já tinha alertado para a especial dificuldade daquele troço.
Apesar do “equilibrismo” e dos avisos alguma(s) caminhante(s) não lograram evitar uns “bate-cus”.
De pés enlameados lá chegámos à estrada; ainda faltavam cerca de quatro quilómetros.
Paisagens saloias, bem lindas.
À nossa esquerda, as paisagens em “mosaico”, caraterizadas por quarteirões de terrenos agrícolas, alternando com zonas florestadas; terreno mais acidentado; alguns moinhos eólicos.
À nossa direita, paisagens silvestres bem verdes, “salpicadas” de lindas e amarelas azedas; ao longe, muito ao longe: o Atlântico.
Passámos ao lado de um SANTUÁRIO onde era proibida a caça! Caçar sempre seria um “pecado mortal”!
Finalmente, CHELEIROS e a sua Ribeira.
À nossa esquerda (ou direita) a ponte medieval.
À nossa direita (ou esquerda) um estranho talude(?) inserido na Ribeira, constituído por grandes manilhas!...
Tínhamos chegado.
Antes do regresso a MAFRA, um cafezinho; uma garrafinha de água; uma cervejinha; outras necessidades.
Um ligeiro descanso.
Afinal os carros não foram necessários.
Os caminhantes estavam todos de boa saúde; o que queriam era chegar ao restaurante “Três Irmãos” para se banquetearem com as pataniscas.
“20 fabulosos almoçantes”.
O signatário, que nesta sumária “crónica” contou com a colaboração do J. A. não almoçou, mas sabe que os caminhantes revelaram bem o seu bom apetite.
PARABÉNS, PARABÉNS ao PAULINO e aos ORGANIZADORES por mais esta caminhada que nos proporcionaram.
(fotos do signatário)
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