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05 março 2006

FRIDA KAHLO

Estava ansioso por ir visitar a exposição da singular artista mexicana FRIDA KAHLO.
Assim, não quis esperar mais e aproveitei a manhã de hoje para ir ao Centro Cultural de Belém observar interessadamente as 26 obras desta mulher que, apesar de uma vida plena de sofrimento, sacrifício e angústia nos deixou uma obra espectacular, que tem muito de autobiográfico e exprime o seu sofrimento físico e a sua relação sentimental atribulada com o muralista DIEGO RIVERA.
Esta exposição, hoje muito concorrida, integra, ainda, fotografias e objectos pessoais que dão a conhecer o percurso da artista desde a sua infância até à sua morte.
Ao percorrermos a exposição não podemos ficar indiferentes e deixar de nos questionar sobre a enorme força anímica desta mulher que sofreu um ataque de poliomielite aos seis anos de idade que a deixa com uma importante deficiência numa das pernas; aos 18 anos sofre um tremendo acidente de viação que agrava enormemente a sua saúde para sempre; acaba por sofrer a amputação da sua perna direita; passa longos períodos acamada, mas nunca desiste de viver ... e de se revelar expressivamente...
Esta exposição é a mais completa sobre FRIDA realizada nas últimas décadas com obras provenientes do MUSEU DOLORES OLMEDO, do México, destacando-se - de acordo com o meu gosto pessoal - o RETRATO DE DOÑA ROSITA MORILLO (1944); AUTO-RETRATO COM MACACO (1945); A MENINA VIRGÍNIA (1929); A COLUNA PARTIDA (1944).
Em minha opinião é um acontecimento imperdível.

1 comentário:

Meiguices disse...

Carlos:
Sobre a Frida Khalo, o que transparece de mais relevante da exposição que já vi também há certo tempo, é o facto do que fez, enquanto viva, pela consideração devida ao povo mexicano, no que tem de mais verdadeiro, e que a sua pintura retrata.
Quanto à forma de encarar a vida, o seu diário, é bem elucidativo - não é uma súmula de acontecimentos de vivências. E nestas não será de menor importância a franqueza com que acolheu Trotsky, quando este se opor a Staline e ao seu projecto estatizante.
Quanto à morte, não deixa de ser elucidativo, a sua percepção da mesma como uma forma de continuar a vida, o que a sua pintura bem retrata.