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24 maio 2013

FALSTAFF - ÓPERA COMPLETA EM VERSÃO CONCERTO!



É já amanhã que vamos poder assistir à ópera / comédia lírica (a derradeira) de VERDI, importantíssimo compositor romântico italiano (1813-1901), FALSTAFF, pelo Coro e Orquestra Gulbenkian dirigidos pelo maestro Lawrence Foster.

Trata-se de uma adaptação por VERDI das peças de SHAKESPEARE, The Merry Wives of Windsor (As Alegres Comadres de Windsor) e (cenas) de Henry IV.


(imagem de "musicweb-international.com)

16 maio 2013

TURISMO RELIGIOSO: A "NOSSA" SALVAÇÃO!



Depois dos Conselhos de Ministros Extraordinários; da acesa controvérsia entre os partidos do governo; da concordância da TROIKA; da ordem de transferência dos 2 mil milhões de euros para os cofres do Estado; quando a situação crítica da economia e das finanças portuguesas parecia superada, eis que tudo parece voltar à “estaca zero”: mais uma vez as previsões e os indicadores contrariam tudo!

Segundo os indicadores hoje publicitados, o PIB português recuou 3,9% no primeiro trimestre; piores que nós, só o Chipre e a Grécia.

Previsões económicas da troika e do Governo para Portugal já derraparam no início do ano”, titula o “Público” de hoje.

O Presidente Cavaco Silva havia dito que a superação da sétima avaliação da troika tinha sido “uma inspiração da nossa Senhora de Fátima” e “do 13 de Maio”!

Ontem, na Adega Cooperativa de Monção, segundo o “Público” de hoje, Sua Excelência o Presidente da República [Fez votos muito fortes para que São Jorge, que nos acompanhou ao longo da nossa história nas grandes batalhas, seja o vencedor. Porque São Jorge vencedor significa abundância e felicidade. E nós bem precisamos de boas notícias].

Afinal Sua Excelência o Presidente da República estava equivocado.

Valha-nos a Assembleia da República que nas suas Resoluções nºs 65 e 66/2013, publicadas no Diário da República do passado dia 14, recomendou ao Governo que considere o turismo religioso produto estratégico e valorize o turismo religioso como um produto estratégico no âmbito da revisão do Plano Estratégico Nacional do Turismo – PENT.


Não nos tendo valido nossa Senhora de Fátima, nem S. Jorge, valha-nos, ao menos, que o governo acate o que lhe recomenda a Assembleia da República.

TENHAMOS FÉ! MUITA FÉ! ISTO SÓ LÁ VAI COM MUITA FÉ!


(imagem de santuario.fatima.pt)

12 maio 2013

EÇA DE QUEIROZ E OS (MAUS) POLÍTICOS!




“ORDINARIAMENTE todos os ministros são inteligentes, escrevem bem, discursam com cortesia e pura dicção, vão a faustosas inaugurações e são excelentes convivas. Porém, são nulos a resolver crises. Não têm a austeridade, nem a concepção nem o instinto político, nem a experiência que faz o ESTADISTA. É assim que há muito tempo em Portugal são regidos os destinos políticos. Política de acaso, política de compadrio, política de expediente. País governado ao acaso, governado por vaidades e por interesses, por especulação e por corrupção, por privilégio e influência de camarilha, será possível conservar a sua independência?”

Eça de Queiroz, 1867, in “O distrito de Évora”

Eça de Queiroz visionário?



(imagem de http://www.estudopratico.com.br)

10 maio 2013

PASSOS e PORTAS, duas “faces” da mesma moeda!




O Sócrates já foi!
Era um demagogo e escolheu a via da divisão dos portugueses para “reinar”.
Era um mentiroso relapso: num dia tudo corria bem; no dia seguinte, sem explicação, decretava as medidas que conduziram o país à bancarrota e a esmagadora maioria dos portugueses a uma vida de incerteza e angústia sobre o seu futuro.
Bem-falante, exímio propagandista, teria sido, com toda a certeza, nomeado lugar-tenente de Lenine, para a agitação e a propaganda, se estivéssemos nos tempos revolucionários de Outubro de 1917.

Seguiram-se-lhe Passos, Gaspar e Portas.
Austeridade, atrás de austeridade, “corte” aqui, “corte” acolá, vieram continuar a política de Sócrates.
Tomam medidas, medidas que sempre asseguraram imprescindíveis para permitir que o país saísse da crise e voltasse a endividar-se (circunstância que diziam inquestionável para o regresso à normalidade financeira) livremente nos mercados internacionais.

O “exterior”, com os alemães à cabeça, aplaudem a coragem dos governantes e auguram o seu sucesso.

Nos dias seguintes, constatava-se que afinal as medidas só conduziam à recessão económica, ao desemprego, à fome, à violação dos mais elementares direitos laborais e sociais da maioria dos portugueses, com quebra dos princípios da certeza, segurança e confiança, inscritos na Constituição.

As previsões governamentais falham sempre e a economia “afunda-se” cada vez mais.

Passos e Gaspar, sem alguma vez explicarem aos portugueses as razões dos seus sucessivos “falhanços”, respondem com mais austeridade e “cortes” nos direitos e garantias laborais e sociais dos portugueses.
Começa-se a falar que a “austeridade” de Passos e Gaspar geraram a “depressão” económica e conduziram o país a uma situação, de que já ninguém sabe como será superada.
A política orçamental destas Excelências é parcialmente “chumbada” pelo Tribunal Constitucional.

Os governantes ensaiam uma estratégia para “mandar” areia para os olhos dos portugueses.

Decidem, nas costas dos portugueses, encetar uma “revanche” ao Tribunal Constitucional, e “ponderar” “cortes” na estrutura do Estado; impostos já existem quanto baste.

Se, como se diz, a economia está nas “lonas” e o caminho é ir também por aí (tomar medidas de incremento económico), quando se esperava que Passos aparecesse para revelar as novas medidas de austeridade, mandam “avançar” o ministro da Economia para este divulgar umas tantas medidas nessa área económica, a maioria de consistência difusa e as restantes de que não se esperam resultados de curto prazo.

Estava assim aberto o caminho…

Agora já estavam anunciadas medidas de natureza económica!?...

Passos manda anunciar que, decorridos dois dias de um Conselho de Ministros extraordinário, se apresentará ao país, às 20,00 horas, através das TVs para anunciar os “cortes” estruturais na Administração Pública.

Mas, depois de muitos e recentes apelos ao consenso, ao diálogo e à convergência entre partidos e parceiros sociais, faltava ainda um elemento nesta encenação: era preciso anunciar uma medida “drástica”, simulada, fingida e combinada com Portas: uma taxa sobre as pensões, mesmo retroactivamente.
Entretanto, “deixava-se” chegar à opinião pública o relato de “graves” divergências sobre esta medida entre Passos e Portas+alguns ministros do PSD.

Repetimos, tudo fingido e destinado ao desenlace final: a convergência entre PSD e CDS.
A dita medida era para ser debatida e conversada.

Com pompa e circunstância é anunciada uma comunicação ao país de Portas, dois dias depois da de Passos: no domingo, também à hora das notícias das TVs.

Portas, com semblante muito sério, aparece para dizer que “essa não”, nem por cima do seu “cadáver”.
Então os portugueses “grisalhos” que se encontram a ajudar filhos e netos, ainda teriam de suportar mais esse “infame” ónus!
Nem pensar em tal maldade!

Seguem-se encontros e “palmadinhas” nas costas, e – não obstante alguns desmentidos – essa taxa não vai “acontecer”, pelo menos retroactivamente.

Afinal estão ultrapassadas as divergências na coligação e … … tudo à custa do consenso, agora “ponto de honra” do governo.

De uma “cajadada” matam-se dois coelhos: tomam-se medidas económicas e ultrapassam-se divergências ao mais alto nível.

Mas, desenganem-se os incautos: PASSOS e PORTAS, são duas faces da mesma moeda.
*
Importa advertir os nossos leitores: este é um texto de pura ficção; qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência.





(imagem de "valtv.org)

08 maio 2013

AMANHÃ NA GULBENKIAN: SIMBIOSE ENTRE SHAKESPEARE E BERLIOZ, ou “Shakespeare e a música”!


É já amanhã que podemos extasiarmo-nos com a sinfonia dramática que HECTOR BERLIOZ compôs para musicar ROMEU e JULIETA, a famosíssima obra-prima de WILLIAM SHAKESPEARE.

A escolha coube ao maestro e director musical da Orquestra Gulbenkian, LAWRENCE FOSTER, que também irá dirigir a Orquestra e o Coro Gulbenkian, numa das suas últimas prestações naquela qualidade, prestes a por termo a onze temporadas de trabalho ininterrupto na Gulbenkian.

“A relação entre a literatura e a música, conta ele, esteve sempre presente no topo dos seus interesses: “Sempre me fascinou. É tão importante! Não vejo como podemos tocar Schumann ou Beethoven sem conhecer a literatura do seu tempo, que influenciou certamente toda a produção musical. Se não virmos a música através de uma lente mais abrangente, não a podemos usufruir em toda a sua profundidade. […]” (in Gulbenkian Música - Maio / Junho 2013).

Naturalmente que BERLIOZ se inspirou no drama dos jovens amantes ROMEU e JULIETA para criar a sua sinfonia em 1839.





(imagem de "sextante.com.br")

01 maio 2013

ASSINALAMOS O 1.º DE MAIO CITANDO JORGE DE SENA



CANTIGA DE MAIO

Da prisão negra em que estavas
a porta abriu-se p'ra rua.
Já sem algemas escravas,
igual à cor que sonhavas
vais vestida de estar nua.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Na rua passas cantando,
e o povo canta contigo.
Por onde tu vais passando
mais gente se vai juntando,
porque o povo é teu amigo.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Entre o povo que te aclama,
contente de poder ver-te,
há gente que por ti chama
para arrastar-te na lama
em que outros irão prender-te.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Muitos correndo apressados
querem ter-te só p'ra si,
e gritam tão de esganados
só por tachos cobiçados,
e não por amor de ti.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Na sombra dos seus salões
de mandar em companhias,
poderosos figurões
afiam já os facões
com que matar alegrias.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

E além do mar oceano
o maligno grão poder
já se apresta p'ra teu dano,
toda violência e engano,
para deitar-te a perder.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Com desordens, falsidade,
economia desfeita;
com calculada maldade,
promessas de felicidade
e a miséria mais estreita.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Que muito povo se assuste,
julgando que és culpada,
eis o terrível embuste
por qualquer preço que custe
com que te armam a cilada.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.

Tem de saber que o inimigo
quer matar-te à falsa-fé.
Ah tem cuidado contigo;
quem te respeita é um amigo,
quem não respeita não é.

Liberdade, liberdade,
tem cuidado que te matam.


Santa Bárbara, 4/6/74




(imagem de http://passapalavra.info/2009/09/11694)