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28 janeiro 2013

EXCELENTE SERÃO MUSICAL, NA PASSADA QUINTA-FEIRA NA GULBENKIAN


Quem teve a sorte de ouvir (assistir), no Grande Auditório, ao Coro e à Orquestra da Fundação Gulbenkian, à Sinfonia nº 8, Incompleta, de Schubert; ao Requiem de Mozart e à Missa de Stravinsky bem pode considerar-se um privilegiado.

O Coro e a Orquestra presentearam-nos com uma prestação de excelente nível vocal e musical, a que não foi alheia a direcção de grande “elegância”, notável expressividade corporal e intensidade interpretativa do maestro Paul McCreessh, o novo maestro da Orquestra Gulbenkian a partir de Setembro, que assim sucede a Lawrence Foster.

Recordamos que Schubert (Viena, 31 de Janeiro de 1797 – Viena, 19 de Novembro de 1828) é considerado um dos continuadores do Romantismo musical de Beethoven.

A Sinfonia em si menor ou “Sinfonia Inacabada” ou “Sinfonia nº 8” foi composta em 1822, mas só foi descoberta depois da morte do compositor e é qualificada de “Incompleta” por só possuir dois andamentos: Allegro moderato (em si menor) e Andante com moto (em mi maior).

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Mozart (Salzburgo, 27 de Janeiro de 1756 – Viena, 5 de Dezembro de 1791), compositor austríaco do período clássico, autor de uma imensa obra, influenciou muitos outros compositores ao longo de todo o século XIX e início do século XX.

O Requiem, obra que o compositor deixou incompleta na data da sua morte, destinava-se a comemorar o 14º aniversário da sua morte, durante a respectiva missa. A versão escolhida pelo maestro para completar a obra foi a de Robert Levin.
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Stravinsky (Orianenbaum, 17 de Junho de 1882 – Nova Iorque, 6 de Abril de 1971)
A Missa, segundo o maestro, “é uma obra-prima, curta, concisa, em que cada nota possui um significado”.

“Stravinsky escreveu esta Missa depois de ter entrado num alfarrabista e ter encontrado uma cópia do século XIX das Missas de Mozart. Mais tarde, disse: "Assim que olhei para aquelas doçuras do pecado em estilo operático rococó, decidi que eu próprio tinha de escrever uma Missa, mas uma verdadeira Missa." Stravinsky queria afastar-se da música dominada pela forma e aproximar-se da música guiada pelo poder da palavra. A Missa de Stravinsky é extraordinária e fascinante, mas estranha. Tem muitos instrumentos, mas a sua essência é o canto: o texto cantado em oposição às cores instrumentais. O uso dos sopros é muito interessante, cria efeitos próximos do gamelão, e há uma tentativa deliberada para evitar a coloração romântica das palavras” (Paul McCreesh in http://www.gulbenkian.pt).



(imagem de www.meloteca.com)



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