Não, não me estou a referir aquelas “dedadas” deixadas por aqueles que sôfrega e desajeitadamente manuseiam fotografia, após fotografia, na pressa de as apreciar.
Estas “dedadas” poderão – quanto muito – identificar o manuseador das fotografias, o que até poderá não ser de todo indiferente, se o manuseador for um assaltante de uma residência, amante de fotografia, que não resistiu a mexer onde não devia.
Mas estas são as “impressões digitais”, que nunca são iguais (variam de dedo para dedo e de pessoa para pessoa), permitem identificar e distinguir determinada pessoa e que nos tempos que correm estão a ter as mais variadas utilizações.
Estou a referir-me a outro tipo de “dedadas” para assinalar a importante invenção que esta semana veio noticiada e que consiste numa técnica descoberta pela equipa de Jessica Fridrich, da Universidade de Binghamton (Nova Iorque), que permite identificar as máquinas fotográficas que tiraram determinadas fotografias digitais.
A técnica - que consiste num algoritmo que identifica o padrão de variações em cada imagem - permite distinguir as minúsculas imperfeições dos sensores de luz das câmaras, que produzem uma marca individualizada para cada máquina.
No fundo, no fundo, nem é de estranhar que máquinas digitais produzam, também, “impressões digitais”.
Já, agora, parece oportuno referir, também, que:
- as armas usadas na prática de crimes podem ser identificadas através das marcas características que as estrias dos canos deixam nos projécteis por elas disparados;
- as impressoras e as máquinas de escrever deixam sinais característicos que permitem a sua identificação a partir dos documentos que produzem.
E o desenvolvimento tecnológico continua a surpreender...
Passe a publicidade, a PHILIPS oferece o Audio Fingerprinting.
Esta tecnologia “identifica o áudio comparando características únicas (“a impressão digital”) extraídas do segmento com as “impressões digitais” de conteúdos áudio conhecidos armazenados numa grande base de dados. Uma “impressão digital” de 3 segundos de qualquer peça de áudio é suficiente para uma identificação única, mesmo que esteja fortemente degradada pela compressão ou por ruídos de fundo” (in http://www.philips.pt/).
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