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25 abril 2020

O “25 DE ABRIL DE 1974” RENOVA-SE HOJE PELA 46.ª VEZ.



O 25 de Abril de 1974 é uma importante data da nossa historia contemporânea, e por isso a assinalamos sempre, mesmo com um dia feriado.

Ao longo do ano são especialmente recordadas outras datas em que ocorreram factos que marcaram de forma indelével o regime e governo de PORTUGAL e dos PORTUGUESES como, por exemplo,
a RESTAURAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA, no 1.º de Dezembro de 1640, e a IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA, em 5 de Outubro de 1910.

A importância do 25 de Abril de 1974 deriva, não só da sua essência e inimagináveis consequências, mas também da circunstância de até à data, e ainda por muitos anos, se contarem por milhões os portugueses que viveram os factos e, ainda, vêm protagonizando a situação.

Para compreensão dos restantes portugueses, é altura de referir que os chamados capitães de Abril dirigiram um golpe fatal contra o regime político ditatorial de características fascizantes / corporativistas que governava PORTUGAL, o chamado ESTADO NOVO, saído do Golpe Militar do General Gomes da Costa em 28 de Maio de 1926.

O governo, dirigido por OLIVEIRA SALAZAR desde 1932, e por MARCELO CAETANO desde 1968, perdurou cerca de 48 anos.

Foi este regime / governo que EXPLOROU / OPRIMIU / REPRIMIU / TORTUROU / CENSUROU, TIROU A VIDA a muitos portugueses e africanos, FEZ A GUERRA COLONIAL, que foi derrotado em 25 DE ABRIL DE 1974, com o apoio geral do POVO PORTUGUÊS.

Todos os anos, no dia 25 DE ABRIL, a Assembleia da República reúne Extraordinária e Solenemente, com o Presidente da República e os membros do Governo, e muitos convidados, particularmente, os elementos das Forças Armadas, ainda vivos, que ousaram, com êxito, “virar as suas armas contra o Poder”, então, vigente, para RECORDAR condignamente aquele evento de inultrapassável dimensão histórica.

Esta cerimónia não prejudica as manifestações de rua, iniciativas e realizações organizadas com idêntica finalidade e com as mais variadas origens, que decorrem em muitos locais de Portugal. A adesão às mesmas é livre e a ninguém é imposto participar, passear ou ocupar o seu dia no campo ou na praia.

É este ESTADO DE DIREITO DEMOCRÁTICO e os amplos direitos, liberdades e garantias previstos na nossa CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA aprovada na Assembleia Constituinte de 2 de Abril de 1976, que faculta às portuguesas e aos portugueses aquelas livres escolhas.

Este ano tudo se passou de forma bem diferente por imposição do estado de emergência em que vivemos, em virtude da PANDEMIA que atinge praticamente todo o MUNDO, que nos exige CONFINAMENTO e uma quebra no RELACIONAMENTO SOCIAL.

A consequente limitação na forma de organizar a sinalização desta importante efeméride foi objecto de ampla controvérsia, propugnando uns pelo habitual “figurino”, e defendendo outros a sua supressão pura e simples.

Os “campos” extremaram-se sem razão, no nosso entender.

É que os acontecimentos do 25 DE ABRIL DE 1974 constituem um evento insusceptível de omissão histórica; coisa completamente diversa é a sua sinalização e valorização que o não podem atingir na sua essência e natureza.
















(fotos do signatário - Rossio de Lisboa, 25 de Abril de 2019)

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