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30 janeiro 2014

CAPAS vs. LIVROS (4)



A CAPA que hoje apresento é a do livrinho que, na minha infância, ocupou o lugar de maior destaque no meu imaginário das histórias que me foram contadas na minha casa materna.

Adorava ouvir contar a história da "MARIA TONTA" e, por tanto me ter sido contada, quase a decorei.

Era a história de uma "garotinha" que vivia na província e que "não descansou" enquanto não foi viver, em Lisboa, com uma prima.

A viagem da "MARIA TONTA" para Lisboa foi rodeada de divertidas peripécias, designadamente da utilização inadvertida do sinal de alarme do comboio que a transportava, quando uma "tontura" a forçou a agarrar-se a algo, para se equilibrar.

Em Lisboa, não havia dia em que a "MARIA TONTA" não fizesse um "grosso disparate".

As asneiras eram tantas que a "MARIA TONTA", que não entendia ninguém, nem ninguém a entendia, decidiu abandonar Lisboa e voltar para a "terra".

Eu achava muita graça ao comportamento da "MARIA TONTA" e nunca me cansava de ouvir contar a sua história.

O livrinho todavia desapareceu, e durante mais de cinquenta (50)anos, nunca desisti de recuperar um seu exemplar, esforços que foram recompensados recentemente, tendo adquirido em "segunda mão" uma edição de 1975.

A história é da autoria de Salomé de Almeida; a edição é da Livraria Civilização e integra a Colecção Carochinha.

Procuraremos voltar a esta história, que preencheu o imaginário infantil do subscritor.

18 janeiro 2014

DIÁRIO DA REPÚBLICA NECROLÓGICO!


Periodicamente a 2ª Série do Diário da República publicita a morte dos funcionários públicos para AVISAR que, por esse facto, cessam as funções dos falecidos.

Mas, poderia a MORTE ter outra consequência relativamente ao vínculo laboral?

É óbvio que não.

Com a morte do funcionário, “morre” também o emprego público.

Para quê proceder a esta publicitação pública?

É o legislador, mais concretamente a alínea d) do nº 1, do artigo 37º da Lei nº 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, que estabelece os regimes dos trabalhadores que exercem funções públicas, que o impõe.

Assim, confronta-se o leitor do jornal oficial com uma periódica publicitação necrológica, o que nos parece constituir mais uma irracionalidade do nosso legislador.

Não haveria melhor “sede” para dar conta destes infaustos acontecimentos?

Ainda se fosse para proceder a um elogio fúnebre!

Desta vez, coube à Directora-Geral da Biblioteca Nacional de Portugal, no Diário da República, 2ª Série, de 16 de Janeiro, tornar pública a morte de um dos seus técnicos superiores, no dia 16 de Dezembro de 2013.

A nós, só nos resta acrescentar, sem sabermos se o defunto professava alguma religião: “PAZ À SUA ALMA”!

(imagem de: online.jornaldamadeira.pt)